Sertão de Andradina
Joseval e Josiene
Saí da minha terra às quatro da matina
Deixei a minha roça e a casa pequenina
Pedi a Deus do céu a proteção divina
Iluminou meus passos a estrela matutina
Eu disse adeus sertão, sertão de Andradina
Chorou rio e cascata de água cristalina
Chorou a garça branca molhada de neblina
Até a siriema chorou lá na campina
Chorou a araponga no alto da colina
Lá no meu sertão, sertão de Andradina
A vida na cidade é muito mais granfina
Mas sinto que a saudade aos pouco me domina
Até a minha viola chora na surdina
Recorda as serenatas e as festanças juninas
Lá no meu sertão, sertão de Andradina
Eu choro a minha mágoa um pranto em cada esquina
São gotas que misturam com a garoa fina
Saudade que maltrata saudade
Que alucina saudade do meu bem encanto de menina
Que ficou chorando no sertão de Andradina
O meu sertão chorou, chorou quando eu parti
E eu também chorei, chorei ao despedir
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